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A trama da redução populacional – Parte 2


A trama da redução populacional – Parte 2

No artigo anterior falamos sobre como se deu a disseminação de ideias de redução populacional, começando com Thomas Malthus e atravessando toda a história através de intelectuais eugenistas, feministas e afins. Hoje, apresentarei ao leitor documentos de conferências climáticas que comprovam o que já falamos: o homem é o “carbono” que eles querem eliminar.

Tratar de redução populacional pura e simplesmente assusta; embora frases como “pobres não devem ter filhos” fossem comuns até o fim da Segunda Guerra, a ideia nunca deixou de existir. Contudo, as atrocidades cometidas pelo Partido Nazista fizeram com que o discurso adquirisse uma nova roupagem: devemos ter menos filhos para proteger o planeta.

Isso começou com o Relatório Iron Mountain, um documento publicado em 1967 que dizia que a guerra desempenhou funções fundamentais na nossa sociedade, permitindo coesão social e conferiu ao governo uma forte influência sobre a economia; contudo, a guerra cumpriu seu papel, não sendo mais possível a sua utilização. É aí que entra a militância verde.


Conferência de Estocolmo

O primeiro encontro ambiental foi a Conferência de Estocolmo, em 1972. Logo no início, percebe-se que vidas humanas valem menos do que a natureza:

“Assim, os países em desenvolvimento devem dirigir seus esforços para o desenvolvimento, tendo presente suas prioridades e a necessidade de salvaguardar e melhorar o meio ambiente.”

“O crescimento natural da população coloca continuamente, problemas relativos à preservação do meio ambiente, e devem-se adotar as normas e medidas apropriadas para enfrentar esses problemas.”

“A defesa e o melhoramento do meio ambiente humano para as gerações presentes e futuras se converteu na meta imperiosa da humanidade…”

Um dos principais objetivos da Conferência é a instituição de uma Nova Ordem Econômica Internacional, inclusive com abertura de fronteira de países desenvolvidos (com o fim da soberania nacional).

No mesmo ano, um relatório intitulado “Limite ao crescimento?”, patrocinado pelo Clube de Roma. Embora hoje esteja totalmente desacreditado, foram vendidas 12 milhões de cópias e traduzido para 30 línguas na época, causando um estrago, difundindo ideias de que o crescimento populacional destrói a produção agrícola. E com isso, alimentando a ideia de redução populacional ao dizer “A humanidade não pode continuar a proliferar”.


ECO 92

Vinte anos depois, foi a vez do Rio de Janeiro sediar sua própria conferência, que ficou popularmente conhecida como Eco 92. Esta produziu documentos que mostram escancaradamente que o homem deve deixar espaço para a natureza. Vamos a alguns de seus “princípios”:

PRINCÍPIO 1: “(Os seres humanos) Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza.”

PRINCÍPIO 8: “… os Estados devem reduzir e eliminar os padrões insustentáveis de produção e consumo, e promover políticas demográficas adequadas.” (o Estado decide o que você irá consumir).

PRINCÍPIO 11: “Os Estados adotarão legislação ambiental eficaz.”

PRINCÍPIO 12: “Devem ser evitadas ações unilaterais para o tratamento dos desafios internacionais fora da jurisdição do país importador” (ou seja, adiós soberania).

PRINCÍPIO 16: “As autoridades nacionais devem procurar promover a internacionalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos” (problemas “globais”, responsabilidade e custos globais).

PRINCÍPIO 17: “A avaliação do impacto ambiental, como instrumento nacional, será efetuada para as atividades planejadas que possam vir a ter um impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas à decisão de uma autoridade nacional competente.” (centralização de poder).

PRINCÍPIO 26: “A paz, o desenvolvimento e a proteção ambiental são interdependentes e indivisíveis.”


O culto a natureza

É possível que o leitor pergunte: qual a ligação destes relatórios com um combate contra o crescimento populacional? A princípio, parece uma manobra inofensiva, onde a ONU e seus tentáculos tentam proteger o meio ambiente, mas quando colocamos uma “lupa” por cima, vemos como que uma marca d’água sob o ambientalismo: o culto a natureza.

Mas isso é coisa dos tempos dos celtas”, pode questionar o leitor; infelizmente, não. O culto a Gaia, a Mae-Terra é algo que está profundamente entrelaçado na política ambiental. E com o culto a Terra, o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, torna-se algo abjeto e digno de ser eliminado.

Vários documentos destacam que problemas concernentes ao meio ambiente só serão resolvidos se houver uma “espiritualidade global”, desde que o cristianismo não atrapalhe o processo.

Vejam trechos de alguns documentos que tratam do assunto:

“...o encontro entre as religiões terá como resultado as suas próprias mudanças, modificações ne reconsiderações. Não quer dizer que cada fé tentará se justificar junto às outras, mas desse engajamento nascerá uma nova fé (...) é preciso, ao menos, temporariamente, aceitar fazer uma abstração (negação) de suas próprias crenças.” (Conferencia de Copenhague).

Mais que seus mestres, somos os servidores da natureza, pois é ela que alimenta, ao mesmo tempo, nossos corpos e nossos espíritos, que irriga nossas veias e nosso imaginário” (Federico Mayor, diretor geral da Unesco).

O teólogo católico Teilhard de Chardin havia destacado: ‘O destino da humanidade, bem como o da religião, depende da emergência de uma nova fé no futuro’” (Al Gore, “Salvar o planeta Terra).

A vitória do cristianismo sobre o pagamismo constitui a maior revolução física da história da nossa cultura (…) Particularmente na sua forma ocidental, o cristianismo é a religião mais antropocêntrica que apareceu (…) Mais ciência e tecnologia não nos fará escapar da crise atual, a menos que encontremos uma nova religião ou repensemos a antiga (…) a crise ecológica, portanto, agravar-se-á, enquanto não pudermos rejeitar o axioma cristão, segundo o qual a frazão de ser da natureza é a de servir ao homem” (Revista Science).

Seria preciso dar prioridade ao não-material e mudar a escala de valores. Foi-se o tempo em que as igrejas comandavam as necessidades espirituais e faziam reinar uma moral específica” (Clube de Roma).

A cultura judaico-cristã, assim como as bases indo-germânicas sobre as quais ela se funda, devem ser remodeladas (…) é-nos preciso uma nova ordem de beneditinos” (Bahro).

Seria uma religião sque comportaria uma missão naciona: salvar o planeta, civilizar a terra, efetivar a unidade humana e salvaguardar sua diversidade (…) Seria uam religião sem deus, mas onde a falta de deus revelaria a onipresença do mistério (Edgar Morin, Anne Brigitte Kern).

O conceito de floresta sagrada é totalmente estranho ao cristianismo e à ética ocidental. Durante aproximadamente dois milênios, os missionários cristãos derrubaram as florestas sagradas, idólatras, pressupondo que lá estavam os espíritos da natureza” (Revista Sience).

É importante saber contra quem estamos lutando; não me refiro a homens engravatados do mais alto escalão da elite mundial; refiro-me aos espíritos malignos que atuam neste mundo (incluindo nestes mesmos engravatados), induzindo a humanidade a fazer o mesmo que Eva: negar a soberania de Deus para satisfazer seus próprios caprichos e devaneios. Quando se retira Deus da equação, o fracasso é certo; mas parece que, desde a queda, ainda não aprendemos.


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Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. IV N.º 51 edição de Fevereiro de 2025 – ISSN 2764-3867


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