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A ilha dos famintos

O mito de Adônis nos apresenta uma feroz criatura que, enviada por Ares, é encarregada de mandar ao Hades o jovem amado por Afrodite. Enciumado, o deus da guerra enviara, para alguns se transformara, em um javali que após atingido por um dardo laçado por Adônis, conseguiu desferir um ataque fatal contra o jovem.


A ilha dos famintos

Adônis era fruto da relação incestuosa de Mirra e seu pai, o Rei Téias de Assíria na Mesopotâmia, que ao descobrir que fora enganado pela filha ordenou sua morte. Os deuses decidiram ajudar Mirra transformando-a em uma árvore, da qual, nascera Adônis, cuja a beleza encantou Afrodite, para alguns uma vingança de Mirra, por ter a deusa feito a princesa apaixonar-se por seu pai.

Adônis foi acolhido por Afrodite e criado pela deusa do submundo, Prosérpina, que também se encantaria pelo jovem, tornando-se motivo de disputa entre as duas divindades. Entretanto, Adônis se apaixonara por Afrodite, dividindo com ela a maior parte de seu tempo, sendo esta a motivação dos deus da guerra, amante da deusa.

Movido pelo ciúme, Ares envia o javali para ceifar o belo jovem, que sucumbe ao ser atacado pela fera, morrendo antes da chegada de sua amada. A morte de Adônis deixa evidente que uma criatura selvagem pode ser o meio qual tira-se de alguém aquilo que ama, parecendo uma obra do acaso, o ataque do javali atinge os anseios do deus da guerra.

Não por acaso, a figura do javali fora trazida da mitologia antiga, uma vez que, no cenário atual temos a mesma criatura do mito como um provável, mas não mais relevante, algoz do frágeis humanos que são vítimas de planos dissimulados de tiranos impiedosos. Talvez o próprio deus da guerra invejasse a crueldade dos déspotas atuais.

Uma das medidas de governos totalitários, ainda durante sua escalada ao poder, é restringir, ao máximo, o acesso às armas de fogo aos cidadãos, mantendo assim o monopólio da força nas mão do Estado, ou ainda pior, dividindo-o com organismos criminosos que atuam sob as bênçãos de atores do poder. Um conluio necessário entre políticos e marginais revolucionários para que, de mão dadas, pressionam a população refém em favor de sua persecução ao poder.

Utilizando-se da falácia de que o armamento civil resulta em mais violência, alegando que armas de caçadores são usadas para os mais diversos crimes, argumento vazio que ignora a máxima que infratores não se enquadram às normas, os revolucionários tentam impor o desarmamento. Somente um idiota pratica crimes e usa o seu próprio veículo como meio de fuga, uma vez que, tem certeza que será identificado, de igual forma, é inegável que cometer crimes com uma arma registrada é uma demonstração clara de eficiência cognitiva.

O leitor pode se perguntar o que caçadores têm a ver com armas sendo utilizadas por criminosos, entretanto, a Presidente do Partido dos Trabalhadores, atualmente a situação, deixou claro em uma entrevista que sobre o desarmamento que a caça é algo “medieval” e que o controle de pragas deveria ser realizado pelo Estado, tratando especificamente do chamado manejo, que é a permissão da caça de espécies invasoras, para controle de população.

Segundo a Presidente do PT “Por que esse registro existe? Registro para caçadores? Isso é medieval. Nessa época da humanidade beira ao sadismo. Hoje são permitidas a caça de subsistência (comunidades tradicionais) e a do javali, para controle populacional. Esse controle deveria ser feito pelo Estado e não por caçadores. Essa caça foi completamente corrompida para servir de pretexto para circulação de armas em todo país”.

Cabe ressaltar que o chamado manejo é meio para tentar controlar uma espécie invasora que nem deveria existir no ecossistema em que fora introduzida, portanto, tal população sequer deveria ser controlada, pois, o correto é a erradicação da espécie em um ambiente no qual sua presença se torna deveras nociva. Uma espécie invasora, por não ter predadores naturais, acaba tornando-se uma praga capaz de causar danos imensuráveis ao meio ambiente.

Viajando pelo mundo podemos encontrar o sapo-cururu, espécie nativa da América do Sul que se tornou uma praga na Austrália, uma vez que, venenoso e voraz, tal anfíbio não tem predadores naquela região e se reproduz sem obstáculos, sendo um animal que se alimenta de quase todo animal que puder abocanhar, há quem aponte que crocodilos de água doce, entre outros animais nativos, sofreram queda considerável no número de espécies por conto do sapo, estima-se que um marsupial local perdera cerca de 75% da população.

O perigo das espécies invasoras é considerável, em especial se tal animal se alimenta de diversas fontes, se reproduz rapidamente e não encontra obstáculos no habitat em que fora introduzido, de maneira que, como dito, o correto seria sua erradicação. O controle, por outro lado, pode ser o máximo que indivíduos consigam colocar em prática, todavia, alegar que somente o Estado deveria fazê-lo, em nome do monopólio do uso da força, é igualmente desonesto e irresponsável.

O desarmamento de caçadores, aos interesses revolucionários, pode servir de dois modos, pois, ao passo que, na busca pelo controle totalitário, retira-se do cidadão um instrumento que pode ser usado para se opor à tirania, inviabiliza o manejo de uma praga invasora no Brasil que é o javali. Sim, se bem observado, não só ao desarmamento se presta a “defesa” dos javalis.

É importante para quem assume uma visão totalitária que os cidadãos estejam vulneráveis ao seu poder, por tal motivo, desarmar a população é impedi-la de reagir aos avanços revolucionários. Por isso, é indispensável que a população confie sua segurança totalmente ao Estado, tornando-se uma presa fácil, indefesa, quando os revolucionários declamarem sua tomada de poder.

A Pirâmide de Maslow, também conhecida como Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas, proposta pelo psicólogo americano Abraham Maslow, aponta que o ser humano alcança tais necessidades em diferentes níveis, de maneira que, um indivíduo que tenha acesso às necessidades básicas, fisiológicas, começa a buscar a segurança e, somente após conquistá-las, aspirará por necessidades mais elevadas como sociais, estima e realizações. Assim sendo, ao imaginar qual seria a melhor forma de dobrar indivíduos aos anseios revolucionários, é fácil constatar que aqueles que almejam nada além de sua subsistência, ou seja, encontram-se no patamar que figuram as necessidades fisiológicas, estão mais vulneráveis à ação dos revolucionários.

Em síntese, quanto mais fragilizado um indivíduo, ou grupo, se encontra, mais frágil ele é, de tal maneira que, é possível escravizar quem almeja o básico e igualmente difícil se impor aos que se sentem seguros o suficiente. Quem busca realizações pessoais poderá sustentar suas posições em uma sociedade, entretanto, os que imploram pela simples existência, tornar-se-ão reféns daqueles que puxam as rédeas, sofrendo por ser dependentes de seus algozes.

Observando como populações assoladas pela miséria tornam-se escravas de déspotas, voltamos os olhos para países e regiões em que o povo parece ignorar suas mazelas e manter os piores tipos de líderes no poder. O continente africano é um bom exemplo, diversos povos subjugados por governos de tiranos e que parecem nada fazer para tirá-los do poder, todavia, o que verifica é que os grupos que se rivalizam perante tais tiranos são, nada além de aspirantes aos seus postos, que pretendem ocupar o poder e exercer igualmente a tirania em seu favor.

A máxima de combater a elite para impor a ditadura do proletariado, que jamais deixará os mais simples ocuparem as posições de comando, serve apenas para que um bando de usurpadores, geralmente mais gananciosos e nefastos que os que se pretende derrubar, assumam o trono para espalhar uma desgraça maior que qualquer uma que aflija o povo. Como o povo francês cair nas mão dos revolucionários, entregando o pescoço aos loucos, qualquer um que veja no poder um tirano aceitará sua substituição, ainda que pela força, o que permite ao mal ainda maior que espreita nas sombras mostrar-se como solução.

As constantes decisões judiciais e atuações de outros órgãos que deveriam promover a justiça, que se distanciam cada vez mais da noção do que é justo, para satisfação daqueles que detêm o poder, incuti no cidadão o sentimento de que o Poder Judiciário, e outros, são meros instrumentos aos anseios dos mais poderosos e que não servem ao seu fim. Tal visão de abandono, fundamentada, leva os indivíduos a busca por outros meios de solução de conflito, clamando, por vezes, a “justiça” dos marginais, um justiçamento doentio que valida a soberania do crime.

Segundo o Promotor de Justiça Roberto Wider Filho, em entrevista concedida à Folha de São Paulo, a respeito dos chamados tribunais do crime.

“São tribunais de justiçamento com duas naturezas principais: uma é a manutenção da disciplina dentro da hierarquia do PCC. Eles condenam pessoas que lesam a facção criminosa e integrantes que não cumprem as ordens dentro da facção criminosa. A outra natureza é a de que esses tribunais se estendem às pessoas estranhas aos quadros da facção e aí é mais grave ainda, porque eles estão julgando, eles se arvoram no poder de julgar pessoas que nem sequer fazem parte daquela quadrilha”.

Assim como os praticados pelos movimentos revolucionários que gestaram tais facções, o justiçamento deve ser eficaz para que os “jurisdicionados” vejam nele a confiança que não se observa nas instituições legitimamente constituídas. Tal “eficiência” valida o poder do crime sobre os indivíduos cuja sua mão puder alcançar.

Um trecho de matéria recente da Revista IstoÉ, uma mulher torturada e morta por ordem de criminosos por subtrair uma bicicleta, a notícia apresenta uma parte que merece destaque

“O dono da bicicleta teria descoberto paradeiro do veículo e foi até o ponto de venda de drogas para reclamar. Nesse sentido, o gerente do tráfico no local teria ordenado a morte da mulher”.

Chama a atenção que o dono do objeto furtado tenha procurado o crime organizado para promover a justiça diante do crime, o que leva a dois apontamentos. Que, de fato, a autora do furto mereceria punição e a vítima sabia que o Judiciário, diante de uma legislação penal complacente e sua própria inventividade, o chamado ativismo judicial, seria leniente com o crime, bem como, o fato de a vítima do furto reconhecer a autoridade do crime organizado como capaz e mais eficiente para julgar a questão, ou seja, para materializar justiça ao caso.

Tal tipo de situação faz com que os indivíduos reconheçam, através da suposta eficiência, que o justiçamento promovido pelo crime organizado é mais confiável, portanto legítimo, que o prestado pelo Estado. A armadilha faz com que tais organizações, que possuem nítido viés revolucionário, sejam reconhecidas como instrumentos de justiça, para, posteriormente, expondo sua face maligna, possam impor suas vontades mais dantescas através da força dos seus justiçamentos.

A tirania sempre se revelará quando estivem confortável o suficiente, dando agora o resultado que pretende impor e não aquele que os jurisdicionados esperam como resposta natural ao injusto. Assim, um tribunal, do crime ou não, quando corrompido, tornar-se-á instrumento de imposição com verniz de legitimidade. Em uma outra matéria da mesma revista supramencionada, destaca-se o trecho

“a vítima se recusou a beijar um homem em uma balada e teria o ofendido na sequência. Dessa forma, o membro da facção foi embora da casa noturna e retornou com outros comparsas para cobrar a mulher”.

Nota-se que o “crime” que era objeto do justiçamento foi a recusa em beijar um criminoso em uma balada, curiosamente, ainda há quem repita a falácia de que o crime organizado condena o estupro e outros abusos, ignorando que tais organizações só o fazem quando o autor da infração é membro do baixo clero da facção ou não pertence à mesma. Difícil imaginar como populares não se rebelam diante de tamanho abuso, mas o primeiro obstáculo pode ser justamente a fragilidade em que os indivíduos que, poderiam se levantar contra o mal, se encontram.

Em uma comunidade dominada pelo crime organizado, geralmente, os mais fragilizados pelas mazelas são os que não comungam dos ideais da facção dominante, por outro lado, os que se banqueteiam, mesmo que das sobras, dos tiranos, tendem a abraçá-los como líderes revolucionários liberadores. Como se pode ver também nas regiões mais carentes, nas quais os algozes da população perpetuam-se no poder pelo medo ou pelas amarras que põe sobre os menos afortunados.

Uma sociedade desprovida do básico sequer cogita uma mudança nos rumos da política, posto que, suas necessidades são urgentes, como comida, abrigo e saneamento básico, por tal motivo, privar as pessoas do mínimo existencial é uma forma de acorrentá-las. Talvez isso explique o motivo dos revolucionários se oporem de forma aberta à medidas que pretendiam melhorar as condições de saneamento em geral, o que afetaria de forma positiva os mais carentes.

O jargão “quem tem fome, tem pressa”, explica de forma clara como um indivíduo faminto torna-se incapaz de buscar medidas de longo prazo, por isso, àqueles que pretendem manter a miséria para oferecer sempre o peixe, é indispensável que tais indivíduos nunca consigam pescar. A seca do nordeste, o isolamento dos indígenas e a marginalização das favelas são fatores que prejudicam a libertação dos que se encontram fragilizados por tais condições.

Um povo desarmado não poderia reagir a tirania, seja ela imposta pelo Estado ou por uma força à margem da lei a qual o próprio não desarmou, da mesma forma, indivíduos que são privados d mínimo precisarão se libertar para desenvolverem um pensamento de longo prazo. Os revolucionários precisam de uma sociedade aquebrantada para que seus arautos possam, oferecendo migalhas, cativar o máximo os corações.

Voltando à fera que matou Adônis, resta fácil compreender que ao dificultar o manejo do javali, os líderes revolucionário podem obter dois resultados em uma só tacada, pois, reduziriam o número de indivíduos com armas legais, evitando assim uma reação aos arroubos do Estado e, principalmente, do braço arma da revolução, seja grupos que se rotulam como movimentos sociais, gangues que se unem com diversos pretextos como torcidas, ou as mais violentas, as narcoguerrilhas.

Por outro lado, a explosão da população da espécie invasora pode resultar em perdas imensuráveis para o agronegócio, incluindo o pequeno produtor, e o ecossistema. O animal, que é originário do velho mundo, se alimenta de vegetais e animais, podendo ser devastador para agricultores ou pecuaristas, além de destruírem a flora e a fauna nativa, em alguns casos, nascentes podem ser vítimas da ação da fera.

Podem transmitir doenças aos animais de estimação ou da pecuária, bem como, se reproduzir com porcos, criando assim o chamado javaporco, criatura de proporções maiores que os seus genitores selvagens, conservando sua agressividade. Tal praga já preocupa agricultores e pecuaristas das regiões sul, sudeste e centro-oeste, deixando um rastro de destruição por onde passa.

Obviamente, o cidadão que estão de frente com a devastação trazida pela espécie invasora, encontram obstáculos para que realizar o controle, ou erradicação da praga, o que é enfrentado mesmo nos EUA, país em que o acesso às armas de fogo é bem menos penosos que o Brasil. A sugestão de que o Estado deveria ser o responsável pelo manejo, considerando que não consegue controlar sequer o crime e faz com que as indivíduos recorram aos marginais para suprimir a falta de tutela jurisdicional, é um vergonhoso convite aos caçadores para que depunham suas armas e deixem a praga dos javalis devorarem o Brasil.

O agronegócio e a agricultura de subsistência brasileiros contribuem de forma ímpar para a alimentação da população mundial, sem fazer elucubrações sobre o tema, é importante contatar que a destruição da produção rual do Brasil impactaria, não só a população do país, mas do mundo. Os interessados em “preservar” a praga dos javalis devem ser, no imaginário de muitos, indivíduos incautos que podem, devido à irresponsabilidade, levar o mundo ao caos e expandir a fome de maneira assustadora, em especial no Brasil.

Os revolucionários espalharam a desgraça por onde pisaram, causaram matanças, desastres e fome, sendo assim, podemos presumimos que são totalmente incapazes de discernir a verdade de sua visão distorcida, o que justificaria não delegar nenhum poder aos mesmos, ou, o que parece mais racional, suas ações são pensadas e os resultados, por mais que sofríveis, são os desejados. Sim, pode ser assustador pensar que alguém cria mecanismos para que a fome e outras mazelas se espalhem pelo mundo, mas como explicado, é a fraqueza dos outros que os mantém no poder.

Presumir que o Holodomor e a Grande Fome de Mao resultaram de gestões incompetentes, também leva a crer que Cuba também sofre por conta das decisões erradas de Fidel Castro. Infelizmente, tal visão de mundo, que parece uma forma de calar os socialistas em nome do sucesso do livre mercado, esbarra em um único fator. Não seria possível que a ditadura venezuelana, apesar de possuir grande reserva de petróleo e ter observado os erros das gestões socialistas que foram implementadas em todo o mundo, seguiria pelo mesmo caminho.

Nada justificaria o que o governo socialista da Argentina colocou em prática e, muito menos, as direções que a “democracia relativa” brasileira busca adotar, em que pese, apesar das restrições globais durante a pandemia, o Brasil tenha sentido menos alguns efeitos. A questão do manejo do javali, quando se propõe que a caça seja dificultada, quiçá abolida, por ser uma prática “medieval”, decorre da total insanidade ou do interesse na criação de uma crise alimentar acompanhada de fragilização do cidadão do campo para reagir ao que grupos que expropriam terras em nome da revolução, muitas vezes com armas ilícitas.

Se a intenção dos revolucionários é aumentar o caos para que os cidadãos de bem, que eles ensinam seus vassalos a desprezar, possam reagir, bem como, escravizar através da imposição da condição do mínimo existencial, no qual o indivíduo deverá ser grato pela renda básica oferecida por poderosos que se regozijam no luxo, querendo cada vez mais poder e prestígio. A praga do javali é a arma ideal para que tal plano se concretize, uma vez que, trará fome, seca, danos ambientais, desarmamento e, por fim, a dependência em relação ao Estado.

Os verdadeiros cérebros revolucionários não são descrentes que buscam fazer do mundo seu paraíso, mas demônios que pretendem reinar no inferno. Se nada fizermos, morreremos como Adônis, lutando contra uma besta enviada por um tirano maior.

Devemos, em primeiro lugar, conservar a nossa bondade, sem, contudo, permitir que os que não pretendem fazer o bem, possam destruir tudo aquilo que serve de escora a humanidade. Lembrando que as trevas nada mais são que a ausência de luz.

“Por isso se são privadas de todo o bem, deixarão totalmente de existir. Logo, enquanto existem, são boas. Portanto, todas as coisas que existem são boas, e aquele mal que eu procurava não é uma substância, pois, se fosse substância, seria um bem. Na verdade, ou seria substância incorruptível, e, nesse caso, se não fosse boa, não se poderia corromper”. Santo Agostinho, Confissões (São Paulo: Nova Cultural, 2004)

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. II N.º 35 - ISSN 2764-3867

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