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A síndrome do homem fraco

Seu maior inimigo sempre será você mesmo


A síndrome do homem fraco

Não cabe analisar as consequências de uma iminente terceira grande guerra, se é que ocorrerá, ou de uma segunda guerra fria, que parece ser mais palpável, uma vez que, os artificies de tal confronto são criaturas dispostas a blefar ou matar pelo poder.

Por um lado, temos a ação direta da Rússia em territória ucraniano, deixando de lado uma guerra por procuração, aquele país se expõe como um agressor em face de seu vizinho, o que, em tese, justificaria uma reação dos demais países. Por outro prisma, é nítido que os russos, ainda que apoiados pela ditadura chinesa, sabem que não teriam condições reais de vencer uma guerra física contra a OTAN, sendo natural que o confronto tenha maior desdobramento na seara diplomática.

Em um confronto bélico o governo russo sabe que seus possíveis adversários são francos favoritos, contudo, a situação restaria mais grave para o país eurasiano em havendo uma guerra comercial, ainda que tenha buscado uma aproximação com o Brasil e tenha ao seu lado a China, o Kremlin terá grande dificuldades de manter o controle de um país assolado pelo desabastecimento, ciente que possui menos reservas que seus pretensos opositores.

Agora muitos imaginarão que tudo não passa de um blefe, que o único objetivo de Vladimir Putin é desviar as atenções de seu povo para que sua imagem, já desgastada, passe ser de um governante altivo e capaz de enfrentar o mundo, mas nada é tão simples assim, tudo indica que o líder que impõe sua vontade por mais de duas décadas não arriscaria um confronto armado tão somente por sua reputação, que ainda lhe garante conduzir sua pátria.

Aparentemente existe algo muito maior por trás dos movimentos russo no território de sua vizinha, e irmã, Ucrânia.

Duas expressões já presentes no texto devem ser extraídas para que possamos compreender tal ação dos russos, são elas o “eurasiano” e irmã Ucrânia”, pois isso leva ao aprofundamento sobre o que seria o eurasianismo e a compreensão que os povos russos e ucranianos são apenas um, tal relação aplicar-se-á aos chineses e taiwaneses, mas trataremos de tal situação no momento certo.

Para melhor expressar o que seria a teoria do eurasianismo, para alguns o neo-eurasianismo, é necessário apontar para a concepção do filósofo Alexandre Duguin ou Dugin, que compreende ter o povo eurasiano o poder-dever de libertar o que define como “centro do mundo” e guiar o restante para uma visão de mundo em que haverá o resgate da tradição, libertando-o do globalismo.

Resta evidente que as ações do Presidente Vladimir Putin pautam-se com base na visão da chamada Quarta Teoria Política de Dugin, considerando o liberalismo como inimigo, sendo a primeira teoria, como foco o indivíduo e teria vencido as demais. A segunda seria o marxismo, que norteia-se pela guerra de classe e a terceira o fascismo, o qual trata como essência a nação.

Não há uma contraposição direta ao socialismo ou fascismo por tal teoria, que será chamada de eurasianismo, em verdade, julga que ambas fracassaram e foram vencidas pelo liberalismo, ou seja, que o prevalecera o indivíduo sobre a classe e a nação, de maneira que, somente o resgate da tradição superará tal sistema.

Buscar entender as ações de Vladimir Putin parece impossível, mas se observado como a materialização do pensamento de Alexander Dugin, tudo faz sentido, posto que, o citado governante tenta colocar em prática os ideais ora apresentados pelo pensador. Iniciando a guerra contra o globalismo através de uma revolução.

Tudo faz crer que se trata de uma guerra entre o oriente e o ocidente, talvez uma reedição de tantas outras, uma vez que, desde a idade antiga, tais culturas se chocam. Mas tudo indica que esta não é uma versão remasterizada, pois o confronto envolve duas forças novas, ainda que alimentando seu discurso na velha rivalidade.

A chave dos movimentos eurasianos no tabuleiro estão pautadas na visão de Alexander Dugin, que prova-se um astuto pensador, portanto, nada melhor que invocar uma grande mente para contrapor sua distópica perspectiva da realidade.

Segundo o Prof. Olavo de Carvalho,

“O prof. Alexandre Duguin, à testa da elite intelectual russa que hoje molda a política internacional do governo Putin, diz que o grande plano da sua nação é restaurar o sentido hierárquico dos valores espirituais que a modernidade soterrou. Para pessoas de mentalidade religiosa, chocadas com a vulgaridade brutal da vida moderna, a proposta pode soar bem atraente. Só que a realização da idéia passa por duas etapas. Primeiro é preciso destruir o Ocidente, pai de todos os males, mediante uma guerra mundial, fatalmente mais devastadora que as duas anteriores. Depois será instaurado o Império Mundial Eurasiano sob a liderança da Santa Mãe Rússia”.

Por mais abjetos que sejam os globalistas, e o são, acreditar que a teoria de um Império Mundial Eurasiano seria a salvação é escolher uma das formas pela qual o indivíduo será trucidado, uma escolha entre Cila e Caríbdis, decidir entre os males qual seria o menor. Cabe lembrar que Olavo de Carvalho fizera tal previsão há mais de uma década, demonstrando tamanha sabedoria que explica o motivo de seus detratores, não conseguindo depreciá-lo, tentam atribuir-lhe, de forma jocosa, o dom de uma visão desequilibrada e mítica de mundo. Agora, insistirão em negar que era um gênio incompreendido, mas que teve a capacidade de narrar como ninguém uma realidade, que para muitos ainda parece turva, com mais de dez anos de antecedência.

Continua o grande pensador brasileiro,

“Agora o prof. Duguin promete salvar o mundo pela destruição do Ocidente. Sinceramente, prefiro não saber o que vem depois. A mentalidade revolucionária, com suas promessas auto-adiáveis, tão prontas a se transformar nas suas contrárias com a cara mais inocente do mundo, é o maior flagelo que já se abateu sobre a humanidade. Suas vítimas, de 1789 até hoje, não estão abaixo de trezentos milhões de pessoas – mais que todas as epidemias, catástrofes naturais e guerras entre nações mataram desde o início dos tempos. A essência do seu discurso, como creio já ter demonstrado, é a inversão do sentido do tempo: inventar um futuro e reinterpretar à luz dele, como se fosse premissa certa e arquiprovada, o presente e o passado”.

Tal trecho merece grande atenção.

O pensamento revolucionário é um mal que deve ser evitado e combatido, ainda que internamente, haja vista, criar uma ilusão para se chegar a um fim imaginário perfeito, uma forçada distorção na realidade para se chegar a uma falsa promessa de mundo ideal, entretanto, ter-se-á destruição em busca de uma mentira utópica que alimentará delírios e ceifará vidas, posto que, não vivemos em um mundo imaginário ou uma realidade que pode ser dobrada conforme a vontade.

A imposição de uma teoria sobre o mundo real, forçando os fatos a adequarem-se as narrativas é a contramão da existência e terá seu preço cobrado quando a verdade não puder ser mais estanque pela imposição da vontade dos tiranos, seja pela força ou suas mentiras. Este fluxo antinatural, que inverte o sentido de tempo, precisa que a alvorada ocorra no oeste e as águas das corredeiras sigam para o alto, como isso não ocorrerá, fatalmente, o destino será ainda mais amargo ainda que quaisquer previsões.

Conclui o pensamento alarmando para o perigo de um governo mundial, “O Império Eurasiano promete-nos uma guerra mundial e, como resultado dela, uma ditadura global. Alguns de seus adeptos chegam a chamá-lo “o Império do Fim”, uma evocação claramente apocalíptica. Só esquecem de observar que o último império antes do Juízo Final não será outra coisa senão o Império do Anticristo”. A revolução nunca será a solução para a humanidade, pelo simples fato de que, ao destruir para reconstruir, tem como efeito obrigatório que os erros passados se repitam, levando a sociedade à práticas que já se provaram equivocadas e a busca de soluções desesperadas que, naturalmente, resultarão em uma nova ação imediatista, ou seja, uma nova revolução, causando um ciclo de destruições periódicas.

O fracasso do eurasianismo decorre justamente de sua visão impositiva de tradição, não algo que floresce da união entre os indivíduos, mas radiando de mentes “iluminadas” capazes de definir os rumos que a humanidade, ainda que de forma compulsória, deve seguir para chegar ao plano da perfeição utópica, ousaria apelidar-lhes de guias cegos, que acreditam saber qual o caminho para sua “Bifrost” imaginária.

Alexander Dugin, em que pese seja considerado por muitos como um conservador, é um revolucionário que acredita haver uma solução preordenada para o mundo, centralizando em sua pátria mãe, coincidentemente, a salvação da humanidade, nada muito distante dos ditadores socialistas e fascistas que o antecederam.

Por mais que alguém defenda uma linha que abrace pautas conservadoras, no caso do pensador eurasianista a preservação das tradições daquilo que considera seu povo, não há como conciliar a ideia de revolução e conservadorismo, pois a evolução depende de uma base histórica, logo, poder-se-ia admitir que o ideal é edificar aproveitando o alicerce conquistado pelos nossos antepassados e corrigindo eventuais erros por eles cometidos, a estrutura deve seguir o rumo natural. A revolução, por outro lado, rejeita o legado como fundamento, criando uma hipótese e forçando sua existência, ainda que incompatível com a realidade e ignorando as falhas ou dando-lhes uma roupagem de acaso, daí o motivo de Dugin asseverar que o socialismo bolchevique e o fascismo deram errados por conta de alguns pontos que podem ser remendados, ignorando que, ao subjugar o mundo ao império eurasiano, estará por transformar seu sonho em um pesadelo para toda a humanidade, salvo pelos poucos tiranos que habitarão o palácio imperial.

Não há como negar que o avanço eurasiano é tão somente o prenúncio de uma guerra, que se dará de forma belicosa ou não, entretanto, é natural que as três elites globais convergiriam em busca do poder, mas se enfrentariam por ele quando acreditassem que sua mão estivesse próxima o suficiente, ou mesmo, percebendo a fraqueza dos demais aspirantes ao “trono do mundo”. Todas as três vertentes buscarão subjugar ou aniquilar as demais para ocupar sua, tão sonhada, posição de liderança, necessariamente haverá o confronto, ainda que em de pontual e reduzido, mas é fato que não há lugar para um condomínio entre tiranos, explicando assim o motivo de nazistas e socialistas bolcheviques, apesar de espécies do mesmo gênero, terem se enfrentado.

Presumir que o eurasianismo revolucionário trará um bem maior ou libertará a humanidade de outras chagas que com ele concorrem pelo poder é ser ingênuo demais para perceber que a elite eurasiana não promoverá a harmonia entre a cultura de um império eurasiano, que trará luz ao mundo, e aquela que define como império altlantis, que traduz-se no ocidente que tem o indivíduo em seu cerne. Resta claro que o eurasianismo prega a destruição da cultura, portanto, do povo ocidental, não faz o menor sentido uma reação eufórica ante o avanço do ditador Vladimir Putin.

Apontado o quão nefasto é o vento que parece vir dos Montes Urais, é indispensável analisar os demais envolvidos no teatro dos acontecimentos, mas não antes de observar o parceiro e suposto irmão eurasiano da Rússia, uma nação que tem no poder um grupo que consegue transparecer sua face abissal sem a menor timidez, a China declaradamente comunista, que mantém campos de concentração, chamados carinhosamente de campos de reeducação, bem como, faz constantes ameaças a soberania de Taiwan, uma afronta ainda mais grosseira, tendo em vista a relação entre os ambos.

Diferente relação entre Rússia e Ucrânia, países que podem ser chamados de irmão dada sua origem histórica, ousaria afirmar que Taiwan não é um país-irmão da China, justamente, por ser uma parte fragmentada na qual o governo nacionalista afastado do poder pela infame revolução cultural se refugiou e ali criou uma espécie de território rebelde da massa continental comunista. A própria China não é uma nação de um só povo, sendo o resultado da anexação de diversas etnias.

Não se limitando a ilha tão cobiçada, o grande tigre tem planos de expansão que incluem o mar do sul e uma influência em diversos países, não seria absurdo crer que a soberania de todas as nações da Indochina estaria em risco, em razão das ambições de Pequim. A semelhança entre a visão do governo russo e chinês parecem gritantes, e são, por isso, é importante deixar de olhar para os que dirigem tais países e olhar para a mente por trás do eurasianismo, Alexander Dugin. O comportamento expansionista eurasiano é o que levou Olavo de Carvalho a considerá-lo como uma das três elites globais.

A questão da Ucrânia envolve outra elite globalista, que é denominada como Nova Ordem Mundial, muito mais desfragmentada, esta vertente não é facilmente identificável, uma vez que não se limita a um grupo étnico, permeando-se no chamado mundo livre com maior facilidade mas buscando se fazer presente em toda parte.

Sutil como uma víbora, a Nova Ordem Mundial não é uma associação de pessoas que simplesmente conspiram por poder, mas todos aqueles que encontram-se em sua zona de irradiação, de forma que, um pequeno grupo pode servir ao centro nervoso sem ter a consciência de sua existência ou mesmo acreditando sinceramente que trata-se de uma teoria da conspiração. Curioso o uso de tal jargão como repelante de argumentos, em que pese grande parte de tais ilações tenham se confirmado com o tempo, podemos mencionar o Foro de São Paulo, um devaneio que provou-se real, agora temos o eurasianismo exposto e, honestamente, fica difícil acreditar que alguém ainda é capaz de duvidar da existência da Nova Ordem Mundial.

Aos mais céticos e aos hipócritas basta analisar o recente episódio da pandemia, em que palavras como “novo normal”, “negacionista” e “genocida” foram orquestradamente utilizadas pelos principais meios de comunicação, como se a inspiração aflorasse em todos da mesma forma e ao mesmo tempo, uma espécie de arrebatamento mental, um despertar coletivo, que nada mais é que a repetição de um comando central, ainda que não seja conhecido pelo propagandista das expressões cunhadas pela elite controladora.

Nenhum canal de mídia tradicional questionou a segurança e a eficácia das vacinas, na verdade terapias gênicas, mesmo após diversas evidências que as colocavam em cheque. As redes sociais seguiram a mesma cartilha, mas tudo não passa de coincidência.

Não há como negar que a grande mídia e autoridades públicas parecem agir em total sintonia, seguindo uma linha uniforma que não parece ser consequência do acaso. Todavia, a elite chamada progressista, o termo liberal também torna-se inadequado, sendo o correto libertina, tem usado de sua influência para impor suas pautas de forma despótica e, por vezes, exacerbada.

Fazem das leis instrumentos macabros para retorcer a realidade e do poder coercitivo dos tribunais para que indivíduos abneguem sua natureza como símbolo de submissão aos poderosos. Constrange as amas a renunciarem sua existência e propagandeiam-se como seres iluminados detentores de um monopólio das virtudes, podendo, até mesmo, confiscar ou conferir mérito àqueles que prostrem-se e assumam uma vassalagem irracional.

Esta elite globalista é representada nos governos pelos políticos ditos progressistas, citando suas principais figuras temos o decrépito Joe Biden, o lastimável Emmanuel Macron, acovardado tiranete Justin Trudeau, o desmoralizado Boris Jonhson e o inexpressivo Olaf Scholz, substituto da nada saudosa Angela Merkel, além de outros tantos. Observando que o Canadá não deveria constar na relação, mas as ações autoritárias, dissimuladas e covardes de seu governante fizeram-no ter destaque na lista, uma vez que, tal asquerosa postura traduz o modus operandi da Nova Ordem Mundial, sempre alternando covardia, mentira e abuso.

Hasteando as mais diversas bandeiras, permeando várias fissuras e dando verniz de bondade, esta elite globalista pretende fazer sua revolução através da degradação da cultura e da imposição de ideias capazes de subjugar o indivíduo ao coletivismo de nichos, sovietes contemporâneos, as chamadas pautas identitárias.

Importante ressaltar que a mídia mainstream, as BigTech e grandes corporações metacapitalistas fazem parte da Nova Ordem Mundial, mantendo uma narrativa orquestrada para ludibriar pessoas através de uma rede de desinformações que são difundidas unilateralmente, um monólogo, concorrente ao controle d informações, existe um emaranhado em que grupos identitários recebem incentivos de granes corporações ou estatal, bem como, contam com a “simpatia” do judiciário, que também integra o sistema.

A Nova Ordem Mundial é um emaranhado que se camufla intencionalmente, por isso tão perigosa, podendo se unir com outras forças, ou mesmo, se subdividir na busca pelo controle.

A grande dificuldade existente em perceber as ações desta elite global é justamente o fato de sua revolução ser fragmentada e silenciosa, ao menos até que seja tarde demais, não se revelando ao mundo até que tenha poder suficiente para suplantar seus possíveis oponentes. Similar ao que fez o Foro de São Paulo.

Um grupo capaz de se infiltrar no poder, assumindo as rédeas da maior organização internacional e da maior força militar, que mantém-se em um pseudo-anonimato, haja vista que somente quem não quer enxergar consegue negar a evidente relação promiscua entre políticos, imprensa e toda uma rede oligárquica que sustenta as mais diversas organizações, é, sem dúvida alguma a criatura mais perigosa entre todas. É nítida a tirania do Partido Comunista Chinês, do “presidente vitalício” Vladimir Putin e outros tantos, mas quando se trata de um governante canadense, que se retém com aval do poder judiciário, eufemismo para roubo, doações para uma manifestação pacífica e adota outras tantas medidas sem ser rotulados de tirano, podemos citar também o caso do governo da terra dos cangurus, que não recebe o mesmo tratamento dos chineses por manter pessoas em campos de isolamento, conseguimos perceber o quão forte é a Nova Ordem Mundial.

Entre as três elites globais esta foi a que mais se beneficiou, tratando da escalada de poder, da pandemia do Covid-19, fazendo inúmeros testes de controle social bem-sucedidos e as rédeas de uma nova fé que chamam de ciência, tratando qualquer cientista que ouse se levantar como um conspirador criminoso digno do ostracismo, por pouco não assistimos médicos e pesquisadores sendo queimados em praça pública por questionarem a tão volátil ciência. Não duvido que muitos aplaudiriam tais espetáculos dantescos.

Aproveitaram para criar uma aberta perseguição aos que resistiam se submeter aos desmandos, tal como o nacional-socialismo alemão fizera com os judeus não início, a Nova Ordem Mundial, de forma escancarada, tratou qualquer indivíduo que se recusasse ao posto de cobaia como um ser abominável merecedor de qualquer mal.

Chegamos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), união de países que forma a maior força militar do planeta, outrora criar para evitar um avanço da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, tal aliança mantém-se como o braço armado dos líderes ocidentais e, de fato, tem agido de forma expansionista no que tange a adesão de novos membros.

Um parêntese para contrapor a teoria que o fim da URSS, e consequentemente a resolução do Pacto de Varsóvia, deveria resultar na extinção natural da OTAN, a princípio deveria ser esta a leitura, entretanto, admitir que o comunismo caíra com o Muro de Berlim é ser demasiadamente ingênuo, basta observar que a Rússia ainda mantém grande influência, talvez mais que isso, sobre grande parte das antigas repúblicas soviéticas e, assim como a China, relações, no mínimo, dúbias com demais países socialistas pelo mundo. Não faria sentido dissolver a OTAN se ainda há indícios de uma ameaça por parte do que “restou” do socialismo, ou colocando em pratos limpos, a aliança faz sentido diante da existência do projeto expansionista eurasiano e do islã.

Ter uma aliança de defesa ainda parece ser relevante, por outro lado, não significa subverter sua existência para tornar-se aquilo que deveria combater, uma força militar de força colossal usada para alastrar a influência da Nova Ordem Mundial. A OTAN tornou-se um exército de proporções titânicas, a versão real do mítico monstro Tifão, que acaba serve para os déspotas que conduzem políticas de degradação da sociedade ao tempo que se apoderam da consciência humana, não há nada de liberdade aqui.

Na luta entre o Império Eurasiano e a Nova Ordem Mundial não existem heróis, sendo centro tratar-se de um embate entre duas forças tirânicas, a primeira defendendo alguns valores mas trazendo uma revolução que pretende submeter o mundo a um centro totalitário capaz de causar a destruição para a reconstrução, ainda que precise deflagrar uma terceira grande guerra, e, do outro lado, uma associação nefasta que busca, através de narrativas e imposições de pautas identitárias e outras, constranger a humanidade ao estado de submissão irracional, sombras que reluzem um brilho encantador para tolos que lutam contra um sistema e alistam-se nas fileiras do exército de vassalos de tal criatura, os militantes identitários, por exemplo, buscam um el dourado para sua imaginária subespécie humana que será, inevitavelmente, seu matadouro.

Falando brevemente da Ucrânia, atual tabuleiro para os jogos dos “senhores do mundo”, o povo daquele país, após se ver livre da maior chaga que assolou a humanidade, ao menos acreditava ter se libertado do socialismo, mas tal praga é mais mutante que seu vírus de estimação, viu-se em uma nação corroída pela corrupção, como qualquer outra que as elites globais põem suas mãos, tendo decidido livrar-se da sua velha política, alternada entre parceiros corruptos do ocidentes e fantoches da “Mãe Rússia”.

Como ato de rejeição aos seus antigos líderes e grito por liberdade, os ucranianos fizeram uma perigosa aposta, elegeram o comediante sem experiência política Volodymyr Zelensky, uma promessa de governo livre da teia de corrupção que dava as cartas naquele país. Entretanto, apostas são ações de risco e o país pagaria caro pela escolha, não que as demais opções fossem dar um destino muito diverso do atual. Em verdade, a pior eleição para o povo ucraniano foi a que se dera no outro lado do atlântico, em que um tirano com sinais de senilidade abocanhou a cadeira mais importante no banquete geopolítico e sua, propositalmente ou não, desastrosa retirada de tropas do Afeganistão foi a dose de coragem que qualquer um precisava para desafiar o tão temido exército do Tio Sam e, consequentemente, a OTAN.

Fazendo uma comparação, seria como um leão mostrar-se fraco diante de outros predadores, todos de seu bando estariam em cheque, no caso, o Presidente dos Estados Unidos da América é acompanhado, em sua constante demonstração de fraqueza e incapacidade, pelos demais líderes de seu bando. As figuras cada vez mais fragilizadas dos senhores políticos da Nova Ordem Mundial, sorrateiros e covardes, como os já citados, lhes confere uma aura falsamente dócil porém incapaz de brandir uma espada e conduzir seu povo a uma batalha.

Estes “fracotes” que governam o ocidente, esfregam sua passividade por considerarem-na uma virtude que deve ser incutida na mente das pessoas, criaram uma geração de ovelhas tão frágeis que não suportam a verdade e assumem como criminosos aqueles que ousam lhes contrapor em um debate, uma horda patética que ameaçam seus desafetos mas gritam ao se depararem com insetos sem peçonha. Isso faz com que sejam dependentes dos poderosos, que nos tempos de pandemia deixaram claro que não sujaram suas mão delicadas, mas não se furtaram em soltar suas matilhas, ou mesmo, suas alcateias, contra aqueles que se opuserem aos seus anseios.

Sua fragilidade proposital é um exemplo cultura que pretendem estabelecer, rotulando aqueles que não se resumem a um amontoado de células de tóxicos ou termos que tenham um ar de repulsa. A virilidade tornou-se abjeta e a honra dispensável, a corrupção moral fez da civilização ocidental um bando de predadores desdentados, incapazes de empunhar uma arma, desejando que terceiros os defendam, pois assim não terão sua sensibilidade abalada. Clamam por ideais socialistas sem ter consciência que a tinta vermelha daquela bandeira é feita de sangue inocente derramado.

O Presidente ucraniano, por sua vez, é o resultado dessa sociedade carcomida por uma visão eufórica de mundo colorido, cuja constituição global é a música Imagine de Jonh Lennon. Infelizmente, o mundo não foi feito de homens fracos e sem fibra, nossa civilização não foi forjada por covardes, como diria um dos maiores intelectuais brasileiros “homens de geleia”.

Ainda assim, Volodymyr Zelensky, em um lapso de coragem ou loucura, não importa o que seja, ao ter recebido a oferta de Joe Biden para sair de sua pátria deixando seus pares para serem esmagados pelo exército russo, teve a dignidade em declinar do convite de um covarde e portar-se como homem. Mostrou-se mais valoroso que os senhores da Nova Ordem Mundial, que enganaram seu país ao fingir que lutariam por seu povo enquanto usavam sua terra para afrontar o Império Eurasiano, bem como, um adversário respeitável ao expansionismo russo.

Respondendo ao chefe da maior força armada do mundo com a seguinte frase, “preciso de munição, não de carona”, o Presidente da Ucrânia escancarou a covardia da Nova Ordem Mundial e deixou sua condição de presa fácil para, mesmo sabendo estar em total desvantagem, enfrentar o predador oportunista e afirmar que o leão covarde do ocidente é somente um ser aproveitador que finge defender seu bando mas abandona os seus ao primeiro sinal de perigo. O fragilizado ser que parecia indefeso criou coragem para lutar pelo seu país, sem a proteção dos falsos profetas da OTAN, ao menos para ele, um grande feito.

O conflito pode ter desmascarado as intenções das elites eurasianas e da Nova Ordem Mundial, bem como, asseverando a cisão entre ambos, o que não é algo ruim, posto que, os eurasianos tornam-se declaradamente uma força que opor-se-á aos as pautas identitárias, ambientais e todas aquelas que foram instrumento de controle para a NOM. Por outro lado, a Ucrânia tem a chance de libertar-se de ambas as influências e, ao longo prazo, tornar-se uma nação livre e forte.

É importante observar o que a terceira elite global tem feito, o expansionismo islâmico tem obtido grande sucesso e sua penetração pacífica na Europa, talvez percebendo a fragilidade da cultural ocidental.

Atualmente podemos considerar a narcoguerrilha socialista latino-americano como uma quarta elite global, posto que, já conquistou certa autonomia em relação a Nova Ordem Mundial, mas explicar minunciosamente o que seria tal vertente será uma tarefa vindoura. Importante é compreender que nosso país ainda não consegue lidar com tal moléstia, de maneira que, não é capaz de arrumar o próprio quarto e, portanto, tentar assumir um papel relevante na luta entre duas faces do mão, eurasianos a NOM, que fingem ser representantes do ocidente e do oriente, quando são tiranos, seria danoso demais para nós. O Brasil foi contrário as ações da Rússia, mas teve a sensatez de manter nossos coturnos fora dessa lama.

Retornando para o leste europeu, resta torcer para que a Ucrânia se veja realmente livre de ambos os lados, não se submetendo as intenções eurasianas e as pautas progressistas que corroem tudo que tocam, pois viram que se desarmar foi um erro e confiar sua proteção a outrem acabou custando-lhe caro demais.

A guerra trará diversas narrativas, mas uma revolução, seja ela qual for, não trará a solução, pois reside na história de um povo o seu ideal de futuro, não cabe adotar as ideias transloucadas de um czar reciclado ou, ainda pior, de relativistas libertinos e fracos de caráter. O povo ucraniano precisará construir seu futuro alicerceado em suas experiências, ainda que sofridas. Tantos foram os que, abandonados pelos covardes do ocidente, tiveram a coragem de empunhar armas para enfrentar um exército muito mais forte, que, da fibra de tais heróis, aquele país poderá criar sua verdadeira independência, sem precisar de uma solução fácil ou da falsa promessa.

A humanidade merece, e precisa lutar por, liberdade, mas ela não virá pelas mão de loucos, tiranos, farsantes ou comediantes, virá pelas ações de cada homem livre que entender que não existe solução imaginária e que cada liberdade conquistada é uma vitória que deve ser comemorada e cada avanço totalitário deve ser resistido de forma sábia, que um povo fortalecido moralmente é mais forte que um exército de degradado.

As elites globais ainda causarão muito sofrimento, mas toda vez que surgirem tiranos a história fará nascer o tanto de heróis quanto forem necessários, nunca podemos perder a fé.

“Do justo e duro Pedro nasce o brando, (Vede da natureza o desconcerto!) Remisso, e sem cuidado algum, Fernando, Que todo o Reino pôs em muito aperto: Que, vindo o Castelhano devastando As terras sem defesa, esteve perto De destruir-se o Reino totalmente; Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.” Luís Vaz de Camões – Os Lusíada, Canto III

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. I N.º 06 - ISSN 2764-3867







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