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Complexidade da vida


Complexidade da vida

Nos dias atuais, é muito comum falar de um modo geral sobre o meio ambiente; infelizmente este tema tão importante e fundamental para o ser humano está recheado de interesses outros, que não o ideal, que é tornar nossa presença no planeta mais harmoniosa e contributiva com a natureza.

Hoje, qualificar a relação com a fauna, flora, água, minerais e até mesmo entre nós, deve se dar, não porque teremos ou não algum capital, mas porque temos que cumprir com nossa parte nessa grande engrenagem. Quando se propõe um simples exercício de plantarmos uma semente, cuidar de uma planta ou de uma árvore, não se passa pela nossa cabeça que seria tão impactante o fato de dar ainda que um pouco de atenção a um outro ser que se considerava apenas um enfeite posto para decorar o ambiente; quando fui pai pela primeira vez, meu pai me disse: “Agora você tem uma vida para cuidar”, mas neste exercício eu pude perceber que eu sempre tive vidas a cuidar…

Quando levei a sério o ensinamento de meu pai, o levei a ponto de me dedicar com muita intensidade, organizando meu tempo, mudando prioridades, reforçando meu psicológico, percebendo sensações e emoções que ainda não havia experimentado; agora com essa nova visão da vida, e esta permeia todo o mundo minha dedicação a esta relação não pode ser menor ou menos intensa que antes, pensando nisso entre outras coisas, descobri o quanto uma atenção voluntária pode mudar completamente toda a minha percepção da vida; que a mesma vida que se manifesta em mim, também manifesta em todos os outros seres.

Em resumo, não há como cuidar de mim sem cuidar dos outros e o contrário também é verdadeiro, embora a consciência esteja em estágios diferentes, a vida é a mesma deferindo em quantidade e complexidade e nestes pontos não há como interferir, mas em termos de qualidade eu tenho poder para atuar, e uma vez pondo em prática essa percepção, é inevitável minha responsabilidade em proporcionar a mim e aos outros mais qualidade de vida.

Propondo uma reflexão, como é de costume nos meus textos, de alguma forma enigmática esperamos no fim das nossas jornadas, que à hora marcada alguém nos espere, porém este mistério deve ser reproduzido nas pequenas ações do dia a dia.

Lembremos que nossa existência é marcada pela dualidade, e que não há nada que eu faça a mim, que de alguma forma, em algum tempo e lugar, não alcance a vida de outro ser.

Existe um pensamento atribuído ao imperador Marco Aurélio e posteriormente ao barão de Montesquieu, que expressa o seguinte: " Se não é bom para a colmeia, não é bom para a abelha".

Em outro momento, continuaremos a refletir sobre a vida e sua complexidade a fim de construirmos um conceito adequado para este tema tão distante ainda do pensamento humano.

Que Deus abençoe nossa jornada!!


Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. III N. 45 – ISSN 2764-3867

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